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segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Fungo-Gágá da Bicharada - O Ornitorrinco Copo-de-Leite 

Segundo fontes de incontestada fiabilidade, há já alguns meses que desabrochava um perfumado romance entre o Ornitorrinco Copo-de-Leite e a nossa Hiena Caprichosa. Agora temos a certeza - ninguém fica indiferente a este idílio que perante os nossos olhos se vai desenrolando a uma velocidade alucinante. Tão limpinhos e organizados, tão poupadinhos, finalmente cederam e deixaram-se arrebatar num misto de encantamento e estupefacção. Foram curados pelo Amor! É simplesmente repulsivo, esta bonita história de amor dá-lhes para dizer piadinhas parvas todo o dia. TODO O DIA com este humor de merda insuportável que para os pombinhos deve actuar com certeza como um poderoso afrodisíaco. Primeiro um, depois outro, vice-versa, versa-vice, até à agonia, até ao mais desalentado desejo de morte. Eis o cenário são-valentiniano: mesquinhos e intrometidos, em momentos de pura felicidade viram os focinhos para todos os lados para que "a malta" se porte bem, enquanto partilham com os pobres de espírito o estonteante humor-de-gestor com que foram bafejados na universidade e que pensam ser muito inteligente (Os Monty Python Mexeram no Meu Queijo Mofento e Infecto). Completam-se de tal maneira que o Ornitorrinco Copo-de-Leite, normalmente muito púdico e circunspecto, fica suficientemente à vontade para dizer palavrões quando algo corre mal, já para não falar das fascinantes histórias que conta da sua juventude rebelde em que... até tinha uma mota! Nunca se calam, riem alto, arrulham, olham-se e quase se tocam em determinadas situações em que poderia passar despercebido a obscenidade do seu desejo, secretamente desejam viver juntos e assumir de uma vez por todas que gostam é de meninos e que as namoradas são pesos mortos nas suas superficiais vidas. UM TRILHO DE SANGUE é o que queremos neste departamento, não os queremos ouvir, aluguem um quarto numa pensão qualquer e arrumem a questão, não se olhem com esse subentendido entendimento que têm sobre a arrogância com que tratam os demais, fiquem tristes os dois, os sempre certos, os autoritários cobardolas reaccionários, os bafientos e pútridos heróis da presunção. Adoram-se e odeiam ter de competir no escritório. Se é verdade que não reparam na gravata um do outro, ou se o pullover sem mangas do outro tem borbotos, também é verdade que secretamente querem para o outro a mais sórdida miséria. O Amor passa. Haverão outros amantes.

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