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sexta-feira, fevereiro 13, 2004

São Valentim II 

«Terra da nossa promissão, da exígua promissão de sete sementes, o Alentejo é na verdade o máximo e o mínimo a que podemos aspirar: o descampado dum sonho infinito. (...) Há quem se canse de percorrer as estradas intermináveis e lisas desse latifúndio sem relevos. Há quem adormeça de tédio a olhar a uniformidade da sua paisagem (...) aflige-os a constante do Sul, que obriga todo o circunstancial a ocupar o seu lugar de zero perante o infinito. Perdidos e sós no grande descampado, sentem-se desamparados e vulneráveis. (...) Não há outro português mais rico de pão, agasalhado por tão quente manta de céu e dono de tantos palmos de sepultura.» (Miguel Torga, in PORTUGAL, "Alentejo")

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