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sexta-feira, março 12, 2004

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O Cherne declarou um dia de luto nacional. Pareceu-me excessivo. Um minuto de silêncio em todo o Portugal à hora marcada também. Pareceu-me excessivo talvez devido à paranóia que ultimamente me persegue e me segreda que um determinado jornal semanal de grande responsabilidade na formação das opiniões do país bem como as mais elevadas esferas políticas portuguesas parecem estar a desenvolver estratégias subliminares e ardilosas que visam a integração a longo prazo de Portugal em Espanha. Uma visão terrífica e medonha, certamente. Mas agora já não sei o que poderá ser excessivo. Luto e silêncio. Agora já não sei. Eles são nossos irmãos, e estão feridos. Ainda que o objectivo dos bombistas (Al-Qaeda, ETA, Aznar ou Bush) seja que a Europa clame um grito único mão-na-mão com os E.U., ou que a "solidariedade orgânica" volte a ser um fim em si mesmo, ou o de «implantar o terror, pois só nestas situações é o que homem olha para trás e vê como ao longo dos tempos se tem tornado execrável e sem identidade» (Ana dixit), tudo isto é abjecto. E desonroso. Sentimos o golpe desferido na carne dos nossos irmãos como se fosse na nossa. Choremos com eles, apenas. Mas ainda assim... sem luto e sem silêncio.

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