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terça-feira, maio 25, 2004

Sonhei que 

Sonhei que subia a colina verde. O ocre infecto subia-me pelas pernas acima. Queria correr, mas eu não estava ali. Estava dentro de mim. Chega Artaud e diz:

«Onde cheira a merda
cheira a ser.
(...)
Dois caminhos estavam diante d[o homem]:
o do infinito de fora
o do ínfimo de dentro.
E ele escolheu o ínfimo de dentro
onde basta espremer
o pâncreas,
a língua,
o ânus,
ou a glande.
E deus, o próprio deus espremeu o movimento.
É deus um ser?
Se o for, é merda.
Se não o for,
não é.»
Este texto, aparecido entrecortado e retalhado em sonhos, é "A Busca da Fecalidade".

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