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quarta-feira, setembro 22, 2004

Sonhei que 

Sonhei que pegava fogo à casa onde vivi a maior parte da minha vida com os meus pais e o meu irmão. Queimava tudo, pacientemente, de divisão em divisão. Quando cheguei ao que tinha sido o meu quarto, espantou-me que estivesse agora quase inteiramente ocupado pelos brinquedos das minhas sobrinhas. De tudo o que podia ter salvo das chamas, guardei no bolso apenas a escova cor-de-salmão com que costumava pentear a minha girafa de pano, a criatura mais malcriada de todas as que habitavam o meu quarto, e portanto a que mais vezes era sujeita à "máquina de bater".


Quando acordei, o fogo sonhado lembrou-me o incêndio real que há uns anos dizimou todas as recordações de infância e da adolescência da Maria.
A "máquina de bater" lembrou-me a Tânia, que teve há dias o segundo filho e pela ocasião e sob o efeito de potentes drogas me telefonou a dizer que nunca se esquecia de mim. Passámos muito tempo juntas, desde os 4 até quase aos 20 anos. E era ela a maior responsável pelas palavras que saíam da boca da ordinária girafa.

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