quinta-feira, outubro 26, 2006
Morto do Dia #26: NERO
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«Demasiado tarde. Isto é fidelidade.»
Originalmente, em latim: «Sero. Haec est fides.»
(Algumas fontes defendem no entanto que as suas últimas palavras foram outras: «Que artista morre dentro de mim...»)
Nero Cláudio César Augusto Germânico foi o 5º e último imperador romano da dinastia Julio-claudiana, a primeira dinastia de imperadores romanos (de que fizeram parte Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero).
No ano 66 d.C. juntou o título "Imperador" ao seu próprio nome. Em 68, foi deposto. A sua subsequente morte foi aparentemente o resultado de um suicídio, motivado pela ameaça de execução pública e assistido pelo seu escriba Epaphroditos.
Aos poucos, a paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula foi-se instalando em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo o da mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e da esposa (em 62). Foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, para a poder reconstruir com esplendor. Ficou para a História como um playboy dedicado a diversões inconsequentes em detrimento da resolução dos problemas da cidade de Roma e do império que regia - é lendariamente lembrado por «tocar lira enquanto Roma ardia». O grande fogo em Roma, segundo os relatos de Tácito, durou 9 dias, destruindo dois terços da cidade. Foi escrito por Suetónio e Cássio Dio que foi Nero o louco que ateou o fogo, cantando "Saque de Ilium" vestido e caracterizado em adereços teatrais enquanto a cidade ardia. Estes retratos menos favoráveis, rumores ou verdades, baseiam-se todos em fontes hostis - a sua vida foi quase toda documentada pelos principais rivais, a classe do Senado que era a favor de Flávio. A verdade é que, após o fogo, Nero abriu as portas dos palácios aos que perderam as suas casas, organizou a distribuição de comida pelos sobreviventes e traçou um novo plano de desenvolvimento urbano (já tinham PDM!). A causa do incêndio continua por descobrir. Numa declaração celebremente ambígua, Tácito disse que Nero prendeu e condenou alguns cristãos «não tanto por piromania mas pelo ódio que demonstram pela raça humana.» A verdade é que em Roma eram frequentes os incêndios a grande escala sem razão aparente: voltou a arder em 69 com o imperador Vitellius e em 80 com Tito.
(Algumas fontes defendem no entanto que as suas últimas palavras foram outras: «Que artista morre dentro de mim...»)
Nero Cláudio César Augusto Germânico foi o 5º e último imperador romano da dinastia Julio-claudiana, a primeira dinastia de imperadores romanos (de que fizeram parte Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero).
No ano 66 d.C. juntou o título "Imperador" ao seu próprio nome. Em 68, foi deposto. A sua subsequente morte foi aparentemente o resultado de um suicídio, motivado pela ameaça de execução pública e assistido pelo seu escriba Epaphroditos.
Aos poucos, a paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula foi-se instalando em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo o da mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e da esposa (em 62). Foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, para a poder reconstruir com esplendor. Ficou para a História como um playboy dedicado a diversões inconsequentes em detrimento da resolução dos problemas da cidade de Roma e do império que regia - é lendariamente lembrado por «tocar lira enquanto Roma ardia». O grande fogo em Roma, segundo os relatos de Tácito, durou 9 dias, destruindo dois terços da cidade. Foi escrito por Suetónio e Cássio Dio que foi Nero o louco que ateou o fogo, cantando "Saque de Ilium" vestido e caracterizado em adereços teatrais enquanto a cidade ardia. Estes retratos menos favoráveis, rumores ou verdades, baseiam-se todos em fontes hostis - a sua vida foi quase toda documentada pelos principais rivais, a classe do Senado que era a favor de Flávio. A verdade é que, após o fogo, Nero abriu as portas dos palácios aos que perderam as suas casas, organizou a distribuição de comida pelos sobreviventes e traçou um novo plano de desenvolvimento urbano (já tinham PDM!). A causa do incêndio continua por descobrir. Numa declaração celebremente ambígua, Tácito disse que Nero prendeu e condenou alguns cristãos «não tanto por piromania mas pelo ódio que demonstram pela raça humana.» A verdade é que em Roma eram frequentes os incêndios a grande escala sem razão aparente: voltou a arder em 69 com o imperador Vitellius e em 80 com Tito.
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