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sexta-feira, abril 15, 2005

#3 Cadelinha Andaluza 

Numa manhã excepcional, o Imperador decidiu fazer uma visita às jaulas dos leões que, esfomeados, entrariam na arena duas horas depois.

Em uníssono, todos os leões o insultaram, rugindo «Vous êtes un lézard! Tu es un lézard! És um lagarto!»

quarta-feira, abril 13, 2005

Jesus é o meu médico 



A propósito da morte de Maurice Hilleman, o grande "vacinólogo" do século XX, venho aqui fazer um entrelaçado post-mortem completamente despropositado entre Hilleman e o Papa João Paulo II, só porque a Igreja já foi em tempos tão firmemente contra a vacinação como hoje é contra o uso do preservativo.

Hilleman faleceu ontem aos 85 anos, e descobriu mais vacinas do que qualquer outro cientista - Sarampo, Papeira, Rubéola, Haemophilus Influenzae tipo B (infecções respiratórias, complicações da gripe, conjuntivites, meningites, artrites purulentas e sinusites), Hepatite A, Hepatite B e Varicela, entre outras. Graças a ele, cerca de oito milhões de pessoas são anualmente salvas em todo o mundo. O homem aparentemente descobria uma vacina em tudo o que tocava.

Mas esta sórdida história da vacinação já vinha de muito antes, do tempo em que Edward Jenner fazia as suas investigações, acabando por estabelecer a primeira associação entre as doenças do Homem e as dos animais.

A ideia de que os humanos e os animais partilhavam as mesmas doenças abriu caminho não só à prática da vacinação (a palavra descende do vocábulo latino 'vacca', por terem sido inicialmente administrados humores bovinos em humanos doentes), mas também à Teoria da Evolução, que é a maior causa de mortes espirituais de sempre.

Mais uma vez a propósito, acabo de encontrar este aviso, que pode vir a ajudar alguém:

«Don't get the poisoned needle this year. Trust Jesus to keep you well!»

segunda-feira, abril 11, 2005

Dois Parisienses 


(Eliott Erwitt, Paris, 1989 - in PhotoDogs)

Para a Heliopausa.

sexta-feira, abril 08, 2005

Thomas Bernhard 



Há dois anos que ando a ler "Perturbação".

Estou quase a acabá-lo. Mal vejo a hora de o poder recomeçar.

(imagem de ctx)

Na Terra e no Inferno 

No jardim da minha mãe
o meu ancinho junta as estrelas
que caíram enquanto eu cá não estive.

A noite está quente e os meus membros
exalam a proveniência verde,
flores e folhas,
o grito do melro e o bater do tear.

No jardim da minha mãe
piso, descalço, as cabeças das cobras
que avançam, a espreitar, pelo portão ferrugento
com línguas de fogo.

(in "Na Terra e no Inferno", Thomas Bernhard)






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