<$BlogRSDUrl$>

terça-feira, setembro 11, 2007

Morto do Dia #43: JOSÉ AFONSO 

«
«Não posso parar.»


«Foi professor, cantor, poeta, andarilho, revolucionário, e permanece como figura de grande destaque na cultura portuguesa, apesar da sua herança ser tantas vezes menosprezada.

Na noite tensa e inesquecível do memorável concerto no Coliseu dos Recreios de Lisboa, gravado em 1983 (o primeiro concerto de José Afonso como músico profissional mas também o último: morreria em Setúbal com 57 anos), há um momento em que a voz do cantor denota um estrangulamento breve, numa passagem da Balada do Outono que soava já a epitáfio: «Águas das fontes calai / Ó ribeiras chorai / Que eu não volto a cantar». Muitos dos presentes não conseguiram esconder as lágrimas e ainda hoje, ao ver e ouvir este espectáculo, sentimos o arrepio generalizado que marca esse momento.»

»

segunda-feira, agosto 13, 2007

Morto do Dia #42: ADOLF HITLER 

«
«Quando a música acabar, apaguem as luzes.»


Palavras proferidas antes de cometer suicídio em 1945.

"When the Music's Over", uma faixa do álbum Strange Days, de The Doors:

When the music's over
Turn out the lights

For the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end
Until the end
Until the end

Cancel my subscription to the Resurrection
Send my credentials to the House of Detention
I got some friends inside

The face in the mirror won't stop
The girl in the window won't drop
A feast of friends
'Alive!' she cried
Waitin' for me
Outside!

Before I sink
Into the big sleep
I want to hear
I want to hear
The scream of the butterfly

Come back, baby
Back into my arm
We're gettin' tired of hangin' around
Waitin' around with our heads to the ground

I hear a very gentle sound
Very near yet very far
Very soft, yeah, very clear
Come today, come today

What have they done to the earth
What have they done to our fair sister
Ravaged and plundered and ripped her and bit her
Stuck her with knives in the side of the dawn
And tied her with fences and dragged her down

I hear a very gentle sound
With your ear down to the ground
We want the world and we want it...
We want the world and we want it...
Now!

Persian night, babe
See the light, babe
Save us!
Jesus!
Save us!

So when the music's over
When the music's over, yeah
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights

Well the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end.

»

quarta-feira, março 21, 2007

Morto do Dia #41: DYLAN THOMAS 

«
«Acabei de beber 18 whiskies puros. Acho que foi esta a conta. Em 39 anos, isto foi tudo o que fiz.»


Dylan Marlais Thomas (1914–1953) foi um poeta e escritor galês. Nasceu na cidade costeira de Swansea, Gales.

Passou a maior parte da infância em Swansea, com visitas regulares à família materna que tinha uma quinta em Carmarthen. Estas temporadas rurais e o contraste com a vida urbana de Swansea resultaria numa imensa fonte de inspiração para muito do seu trabalho - contos, relatos radiofónicos e poemas, como "Fern Hill".

Dylan Thomas conheceu a mulher num pub em 1936. «Uma jovem bailarina irlandesa chamada Caitlin Macnamara estava sentada num banco ao balcão: loura, de olhos azuis e a beber gin. Para o alcoolizado poeta galês, que a viu através do fumo e rapidamente se dirigiu a ela, era a visão de um anjo. Chegou ao pé dela, pousou a cabeça no seu colo e murmurou uma proposta de casamento.» Casariam no ano seguinte, e teriam três filhos.

Morreu a 9 de Novembro em Manhattan após uma sessão contínua de bebida.

Última estrofe de "Fern Hill":

Nothing I cared, in the lamb white days, that time would take me
Up to the swallow thronged loft by the shadow of my hand,
In the moon that is always rising,
Nor that riding to sleep
I should hear him fly with the high fields
And wake to the farm forever fled from the childless land.
Oh as I was young and easy in the mercy of his means,
Time held me green and dying
Though I sang in my chains like the sea.



.

»

sexta-feira, março 02, 2007

Morto do Dia #40: MAHATMA GANDHI 

«
«Hey Ram!»


Exclamação a Ram, uma das manifestações do deus Vishnu.

»

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Morto do Dia #39: LORD BYRON 

«
«Agora vou dormir. Boa Noite.»



»

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Morto do Dia #38: KARL MARX 

«
«Saia daqui! Últimas palavras são para idiotas que nunca chegaram a dizer o suficiente!»


Resposta ao caseiro, muito interessado em saber quais poderiam ser as suas últimas palavras.

»

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Morto do Dia #37: HENRIK IBSEN 

«
«Pelo contrário!»


Em resposta à enfermeira, que tinha dito que naquele dia estava com muito melhor aspecto do que era habitual.

»

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Morto do Dia #36: CESÁRIO VERDE 

«
«Não quero nada. Deixem-me dormir.»



»

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Morto do Dia #35: JOHANN WOLFGANG VON GOETHE 

«
«Mais luz!»


Goethe (1749–1832) foi a definição perfeita de polimatia: foi poeta, romancista, dramaturgo, humanista, cientista, pensador, pintor e estadista.

Goethe é uma das principais figuras da Literatura alemã e do classicismo de Weimar. A sua influência espalhou-se por toda a Europa e durante um século as suas obras constituíram uma fonte inesgotável de inspiração no Teatro, na Música, na Poesia, na Filosofia, etc. É considerado um dos mais importantes pensadores da cultura ocidental, e um dos maiores génios da História mundial.

»

sexta-feira, novembro 03, 2006

Morto do Dia #34: ALEKSIS KIVI 

«
«Eu vivo.»


(Originalmente, em finlandês: «Minä elän.»)

Aleksis Kivi (1834–1872), nascido Alexis Stenvall, foi o autor do primeiro romance significativo escrito em língua finlandesa, "Sete Irmãos" (no original, "Seitsemän Veljestä").

Aos 25 anos foi aceite na Universidade de Helsínquia, onde estudou Literatura e aprofundou o seu interessse pelo Teatro. Foi também por esta altura que mudou o seu nome sueco Stenvall ("barragem de pedra") para o finlandês Kivi ("pedra").

O romance "Sete Irmãos" levou 10 anos a escrever. Alguns críticos desaprovaram a "rudeza" do livro – o Romantismo encontrava-se então no seu apogeu – mas talvez também não tenha ajudado o facto de ter sido escrito num dialecto finlandês do sudoeste; os do nordeste eram os preferidos.

A recepção tímida também do público às suas obras começou a pesar, e Kivi virou-se para o álcool. A deterioração física foi-se tornando cada vez mais notória, bem como uma esquizofrenia em desenvolvimento. Kivi morreu de pobreza quando tinha 38 anos.


»

quinta-feira, novembro 02, 2006

Morto do Dia #33: DAVID A. JOHNSTON 

«
«Vancouver! Vancouver! É agora! É... »


Um vulcanologista experiente, David Johnston fazia parte do Estudo Geológico dos Estados Unidos da América. Estas palavras foram as últimas a ser transmitidas por rádio antes de ser morto na famosa erupção de 1980 do Monte St. Helens, situado a 154 km da cidade de Seattle.

A erupção foi a mais mortal e economicamente catastrófica na história dos EUA: 57 pessoas morreram; 250 casas, 47 pontes, 24 km de carris ferroviários e 300 km de auto-estrada foram destruídos. A avalanche de entulho superou os 2.3 km cúbicos de volume, fazendo dela a maior das avalanches já registadas.

»

quarta-feira, novembro 01, 2006

Morto do Dia #32: ALFRED JARRY 

«
«Morro. Por favor... tragam-me um palito.»


Alfred Jarry (1873–1907) foi um escritor francês. A sua obra mais célebre é a peça Ubu Roi, geralmente considerada uma pioneira do teatro do absurdo. Jarry escreveu, contudo, em muitos géneros e estilos - teatro, romance, poesia, ensaio e jornalismo especulativo.
Inventou também uma ciência chamada 'Patafísica, definida pelo próprio como «a ciência das soluções imaginárias». Era na realidade uma paródia à teoria e aos métodos da ciência moderna e faz uso de uma linguagem ilógica. A inclusão do apóstrofo na ortografia da palavra era obrigatória e servia, segundo Jarry, para «evitar um trocadilho» - possivelmente, para que não se confundisse com "Patte à Physique" (pata da Física), "Pas ta Physique" (não a tua Física) ou ainda "Pâte à Physique" (massa da Física).

»

terça-feira, outubro 31, 2006

Morto do Dia #31: THOMAS EDISON 

«
«Isto aqui é muito bonito.»

(dito sobre a paisagem que via pela janela)


Thomas Alva Edison (1847–1931) foi um inventor e homem de negócios americano que desenvolveu muitas das ideias que viriam a influenciar grandemente a vida moderna do século XX.
Foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção em massa ao processo de invenção, e é considerado o criador do primeiro laboratório industrial de investigação e inovação tecnológica.
Algumas das invenções que lhe são atribuídas não eram completamente originais mas consistiam no entanto em melhorias de invenções anteriores ou eram na realidade desenvolvidas pelos muitos empregados que trabalhavam sob a sua coordenação. É, ainda assim, considerado um dos mais prolíficos inventores da História, tendo 1097 patentes americanas registadas em seu nome, bem como muitas outras no Reino Unido, França e Alemanha, como o gramofone e outros aparelhos de gravação, reprodução e transmissão de som, o carril eléctrico, a locomotiva eléctrica, o contador de electricidade, vários sistemas de iluminação, como a lâmpada comercial, a câmara de filmar, vários dispositivos telegráficos, o telégrafo de vias múltiplas, a pilha alcalina, etc.

»

segunda-feira, outubro 30, 2006

Morto do Dia #30: ISADORA DUNCAN 

«
«Adieu, mes amis. Je vais à la gloire.»

(originalmente em francês)


Isadora Duncan foi uma bailarina americana que, apesar de nunca ter sido muito famosa nos Estados Unidos, ficou bastante conhecida por todo o continente europeu pelo seu estilo de dança. Menosprezou a moralidade reinante e a sua vida privada foi sujeita a um considerável escrutínio, especialmente depois dos filhos terem tido uma morte trágica no rio Sena.
Um dia, à saída de uma festa em Nice, Duncan saltou para dentro do Buggati do seu novo namorado e despediu-se dos amigos com estas palavras, não reparando que a ponta do longo cachecol quue usava tinha caído atrás de uma das rodas do automóvel. Assim que o carro arrancou, o cachecol prendeu na roda e apertou-se em volta do seu pescoço, partindo-o e puxando-a violentamente para fora do carro. Morreu quase instantaneamente.

»

domingo, outubro 29, 2006

Morto do Dia #29: HUMPHREY BOGART 

«
«Nunca devia ter mudado de whiskey para Martini.»



»

sábado, outubro 28, 2006

Morto do Dia #28: LADY NANCY WITCHER LANGHORNE ASTOR 

«
«Estou a morrer ou é o meu dia de anos?»


Estas últimas palavras foram proferidas quando, no leito de morte, acordou e viu toda a família reunida à sua volta.

Lady Astor foi o primeiro membro feminino do Parlamento inglês. Conhecida pelo seu sarcasmo corrosivo, envolvia-se muitas vezes em disputas verbais com Winston Churchill.

»

sexta-feira, outubro 27, 2006

Morto do Dia #27: LAWRENCE OATES 

«
«Vou só aqui fora. Posso demorar-me um bocado.»


Durante a malfadada expedição antárctica de Robert Scott, sofrendo de várias queimaduras de gelo e enquanto se protegia de um nevão, Oates percebeu que estava a reduzir as probabilidades de salvamento dos companheiros. Decidiu morrer e saiu da tenda. Os restantes elementos da expedição conseguiram efectivamente chegar ao Pólo Sul, apenas para descobrir que a bandeira norueguesa já lá estava içada. Os cinco elementos acabaram por morrer no retorno.

»

quinta-feira, outubro 26, 2006

Morto do Dia #26: NERO 

«
«Demasiado tarde. Isto é fidelidade.»


Originalmente, em latim: «Sero. Haec est fides.»

(Algumas fontes defendem no entanto que as suas últimas palavras foram outras: «Que artista morre dentro de mim...»)

Nero Cláudio César Augusto Germânico foi o 5º e último imperador romano da dinastia Julio-claudiana, a primeira dinastia de imperadores romanos (de que fizeram parte Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero).

No ano 66 d.C. juntou o título "Imperador" ao seu próprio nome. Em 68, foi deposto. A sua subsequente morte foi aparentemente o resultado de um suicídio, motivado pela ameaça de execução pública e assistido pelo seu escriba Epaphroditos.

Aos poucos, a paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores Tibério e Calígula foi-se instalando em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos, incluindo o da mãe Agripina (em 59, após várias tentativas) e da esposa (em 62). Foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, para a poder reconstruir com esplendor. Ficou para a História como um playboy dedicado a diversões inconsequentes em detrimento da resolução dos problemas da cidade de Roma e do império que regia - é lendariamente lembrado por «tocar lira enquanto Roma ardia». O grande fogo em Roma, segundo os relatos de Tácito, durou 9 dias, destruindo dois terços da cidade. Foi escrito por Suetónio e Cássio Dio que foi Nero o louco que ateou o fogo, cantando "Saque de Ilium" vestido e caracterizado em adereços teatrais enquanto a cidade ardia. Estes retratos menos favoráveis, rumores ou verdades, baseiam-se todos em fontes hostis - a sua vida foi quase toda documentada pelos principais rivais, a classe do Senado que era a favor de Flávio. A verdade é que, após o fogo, Nero abriu as portas dos palácios aos que perderam as suas casas, organizou a distribuição de comida pelos sobreviventes e traçou um novo plano de desenvolvimento urbano (já tinham PDM!). A causa do incêndio continua por descobrir. Numa declaração celebremente ambígua, Tácito disse que Nero prendeu e condenou alguns cristãos «não tanto por piromania mas pelo ódio que demonstram pela raça humana.» A verdade é que em Roma eram frequentes os incêndios a grande escala sem razão aparente: voltou a arder em 69 com o imperador Vitellius e em 80 com Tito.


»

quarta-feira, outubro 25, 2006

Morto do Dia #25: JOHN LENNON 

«
«Sim, sou.»


Em resposta à pergunta «É John Lennon?» feita pela polícia após ter sido atingido a tiro por Mark David Chapman à porta da sua casa em Nova Iorque.

»

terça-feira, outubro 24, 2006

Morto do Dia #24: VICTOR HUGO 

«
«Vejo luz negra.»


Victor-Marie Hugo (1802–1885) foi poeta, novelista, dramaturgo, ensaísta, artista plástico, estadista e defensor dos direitos humanos. É reconhecido como o escritor Romântico mais influente do século XIX. Os seus trabalhos mais famosos são "Os Miseráveis" e "Notre-Dame de Paris (O Corcunda de Notre-Dame)". De entre os muitos livros de poesia, "Les Contemplations" e "La Légende des Siècles" são os mais aclamados pelos críticos, mas Hugo é geralmente considerado o maior poeta francês.

Apesar de extremamente conservador na juventude, Hugo foi gradualmente deslizando para a ideologia de Esquerda, acabando por tornar-se num acérrimo defensor do Republicanismo e do Pensamento Livre. O seu trabalho aborda todas as questões políticas e sociais vividas no seu tempo.

"Planète" (Victor Hugo, circa 1854)



»

segunda-feira, outubro 23, 2006

Morto do Dia #23: HEINRICH HIMMLER 

«
«Eu sou Heinrich Himmler.»


Heinrich Luitpold Himmler (1900–1945) foi o comandante das Schutzstaffel alemãs (SS) e um dos homens mais poderosos da Alemanha nazi, exercendo controle sobre as SS e a Gestapo.

Himmler tornou-se num dos principais organizadores do Holocausto. Enquanto fundador e oficial dos campos de concentração e dos esquadrões de morte Einsatzgruppen, Himmler é tido como um dos grandes responsáveis pela implementação do extermínio à escala industrial de entre 6 e 12 milhões de pessoas (não só de judeus, mas também de indivíduos de várias nacionalidades e raças, desde que considerados próprios para abate - ou para Sonderbehandlung ("tratamento especial"), como ficou eufemisticamente conhecido nas SS o assassínio em câmaras de gás.


»

domingo, outubro 22, 2006

Morto do Dia #22: CHARLES DARWIN 

«
«Não tenho o menor medo de morrer.»




»

sábado, outubro 21, 2006

Morto do Dia #21: NAPOLEÃO BONAPARTE 

«

«França, Exército, Joséphine...»




»

sexta-feira, outubro 20, 2006

Morto do Dia #20: ARQUIMEDES 

«
«Não atrapalhe os meus círculos.»



Originalmente, em grego: «Mè mou tous kuklous taratte» (Μη μου τους κύκλους τάραττε).

Arquimedes estava ocupado com teoremas geométricos desenhados no chão da sua cela. Um soldado romano forçava-o a responder a uma pergunta do general. Após ter recebido esta resposta, o soldado matou-o.

»

quinta-feira, outubro 19, 2006

Morto do Dia #19: CHRISTINE CHUBBUCK 

«
«No seguimento da política do canal 40 no que toca à exibição das últimas notícias de sangue e entranhas, ao vivo e a cores, verão mais uma, em primeira mão - uma tentativa de suicídio.»




Em 1974, e após algumas dificuldades técnicas na emissão, a pivot de 30 anos disse estas palavras em directo antes de pegar num revólver e de disparar sobre a sua própria cabeça. Morreria no hospital 14 horas depois.


»

quarta-feira, outubro 18, 2006

Morto do Dia #18: JOAN CRAWFORD 

«
«Raios partam... Não te atrevas a pedir a Deus que me ajude.»



Comentário dirigido à empregada quando esta começou a rezar em voz alta no leito de morte da actriz.

»

terça-feira, outubro 17, 2006

Morto do Dia #17: WINSTON CHURCHILL 

«
«Estou enfadado com tudo.»



Palavras proferidas antes de entrar em coma.

»

segunda-feira, outubro 16, 2006

Morto do Dia #16: J. M. BARRIE (James Matthew Barrie) 

«
«Não consigo dormir.»


Jornalista escocês, dramaturgo e escritor de livros infantis, Barrie é mais conhecido, no entanto, por ter criado o eterno Peter Pan e a Terra do Nunca.

Barrie tinha sete anos quando um dos irmãos morreu num acidente de patinagem. Jamie tentou resgatar a mãe da depressão em que caíu vestindo frequentemente as roupas do irmão falecido. A relação obsessiva que surgiu entre mãe e filho marcaria a sua vida para sempre.

Em 1888, aos 49 anos, ganhou fama pela primeira vez com "Auld Licht Idylls", um retrato da vida escocesa amplamente elogiado pela crítica pela sua originalidade.

Em 1902 o nome de Peter Pan aparece no romance adulto "The Little White Bird". A peça "Peter Pan" propriamente dita foi produzida para os palcos em 1904, mas teve que esperar vários anos pela versão impressa definitiva. O livro foi intitulado "Peter e Wendy". No epílogo, Peter visita uma Wendy já adulta. Crê-se que esta história de aventuras criada por Barrie foi o produto de uma secreta procura do amor, da infância perdida e da sua impossibilidade de ter filhos, servindo de consolação pela falta de afeição recebida pelas duas mulheres mais importantes da sua vida: a mãe e a esposa.

Peter Pan desenvolveu-se gradualmente nas histórias que Barrie contava aos cinco filhos de Sylvia Llewelyn Davies, filha do romancista George du Maurier e uma figura materna com quem Barrie teve uma longa amizade. Quando Sylvia e o marido morreram, Barrie tornou-se o guardião não-oficial dos seus filhos. Alguns tiveram mortes dramáticas - George morreu na Primeira Guerra, Michael afogou-se com um amigo em Oxford (possivelmente, um suicídio combinado) e Peter cometeu suicídio numa estação de Metro, provavelmente por sentir o peso da personagem eternamente jovem a quem tinha dado nome.

Barrie tornou-se barão, em 1922 recebeu a Ordem de Mérito, e morreu aos 77 anos de pneumonia.

«Cada vez que uma criança diz «Eu não acredito em fadas», uma pequenina fada cai morta no chão em qualquer lado.» (excerto de "Peter Pan").


»

domingo, outubro 15, 2006

Morto do Dia #15: EMILY DICKINSON 

«
«O nevoeiro está a levantar.»



Originalmente, em inglês: «The fog is rising».

Emily Dickinson é uma das mais reconhecidas poetisas americanas (e mais produtivas - até hoje conhecem-se 1789 poemas da sua autoria; no entanto, apenas 7 foram publicados em vida, e todos sob anonimato - provavelmente, até sem o seu conhecimento). Apesar da sua vida e obra terem passado completamente despercebidas da vida pública, é hoje considerada (juntamente com Walt Whitman) um símbolo por excelência da poesia americana do século XIX.

Viveu 56 anos herméticos e introspectivos. Nasceu e morreu na mesma casa. Poucas vezes durante a vida saiu da pequena cidade de Amherst, em Massachusetts. A partir dos 42 anos, poucas vezes chegou a sair sequer de casa. Comunicava com um pequeno círculo de amigos e parentes através de cartas crípticas e fragmentos poéticos.

É provável que as suas últimas palavras se refiram a um poema que escreveu 25 anos antes de morrer, "I've seen a dying eye":


I've seen a dying eye
Run round and round a room
In search of something, as it seemed,
Then cloudier become;
And then, obscure with fog,
And then be soldered down,
Without disclosing what it be,
’T were blessed to have seen.


»

sábado, outubro 14, 2006

Morto do Dia #14: BILLY THE KID (Nome verdadeiro: HENRY MCCARTHY) 

«
«Quem é??»



Originalmente, em inglês: «Who is it??»

Billy the Kid, também conhecido por William Bonney, pistoleiro procurado principalmente pelo assassínio de vários homens durante a infame guerra de Lincoln County, foi finalmente encontrado e encurralado numa casa em Fort Sumner pelo Xerife Pat Garrett.

Garrett matou-o com um único tiro no coração após ter entrado na casa às escuras e de ter reconhecido a voz de Billy, que queria saber quem era o audaz invasor do seu espaço.


»

sexta-feira, outubro 13, 2006

Morto do Dia #13: ALEXANDER GRAHAM BELL 

«
«Não.»


Alexander Graham Bell foi um inventor escocês que viveu a maior parte da sua vida nos Estados Unidos.
Apesar de hoje ser famoso por ter inventado o telefone, Bell dedicou o seu trabalho principalmente à investigação na área da Fisiologia Vocal, na Universidade de Boston. Foi aqui que se apaixonou e casou com uma das suas alunas surdas, Mabel Hubbard. Após 45 anos de casamento, Bell foi acometido de uma doença fatal. No leito de morte, a esposa sussurrou-lhe ao ouvido «Não me deixes». Bell respondeu escrevendo «Não».


»

quinta-feira, outubro 12, 2006

Morto do Dia #12: DIANA SPENCER 

«
«Meu Deus, o que aconteceu?»


Diana e Dodi entraram no Mercedes pedindo ao motorista alcoolizado que tentasse perder de vista os paparazzi que os seguiam constantemente. Percorreram algumas ruas de Paris a grande velocidade. O carro despistar-se-ia poucos minutos depois no túnel Pont de l'Alma. Estas últimas palavras da antes Princesa Diana ficaram registadas nos arquivos policiais oficiais.



»

quarta-feira, outubro 11, 2006

Morto do Dia #11: GERRIT ACHTERBERG 

«
«Sim, mas não muitas.»



Em holandês, originalmente: «Ja, maar niet te veel.»

Gerrit Achterberg, poeta holandês, tinha acabado de estacionar o carro quando a mulher lhe perguntou «Achas que asse umas batatas?». Logo após ter respondido, sofreu um ataque cardíaco fatal.



»

terça-feira, outubro 10, 2006

Morto do Dia #10: ALEXANDRE, O GRANDE 

«
«O mais forte!»


Assim respondeu no seu leito de morte aos generais que lhe pediam que nomeasse um deles para lhe suceder na condução do império, uma vez que não tinha herdeiros.

Provavelmente a voz de Alexandre já estava fraca, e o que disse pode não ter sido muito claro: talvez tenha dito "Krateros", o nome de um dos generais, mas dada a ausência momentânea do dito, os outros podem ter preferido ouvir "Kratistos" ou seja, "o mais forte".


»






This page is powered by Blogger. Isn't yours?